"Deus dorme nas pedras, respira nas plantas, sonha nos animais, desperta nos homens..." (AFORISMA INDIANO).


domingo, 15 de janeiro de 2012

VAMOS CONHECER UMA TEORIA ALTERNATIVA SOBRE A ORIGEM DOS CIGANOS?









SERÃO OS RONS(CIGANOS) DESCENDENTES DOS ISRAELITAS?
FARIAM PARTE DE UMA DAS 10 TRIBOS DE JUDÁ  PERDIDAS?(Parte I)


Segundo parece, e as evidencias apontam , o sânscrito   não surgiu na Índia,mas muitos séculos antes,na região de Mitanni*,e era a língua usada pelos povos hurritas,habitantes desta região.O idioma oral dos ciganos,o romani pode bem ser originário da  Mesopotâmia, onde viviam muitos povos diferentes,inclusive os semitas(hurritas,hititas,israelitas,arameus,etc.).
Existem no Romani palavras originarias do aramaico, língua falada entre os povos  semitas e  ancestral do alfabeto árabe e do hebraico moderno. Foi a língua administrativa e religiosa de diversos impérios da Antiguidade, além de ser o idioma original de muitas partes dos livros bíblicos de Daniel e Esdras, assim como do Talmude.
O aramaico(uma língua semita)foi, possivelmente, a língua falada por Jesus e ainda hoje é a língua materna de algumas pequenas comunidades no Oriente Médio, especialmente no interior da Síria.
Isto vem se ligar ao que afirma o pesquisador  Sandor Avhram:¨É certo que o idioma romaní se formou inicialmente em um contexto indo-europeu, porém as mesmas palavras "indianas" são comuns a outros idiomas que existiram fora do sub-continente, quer dizer, na Mesopotâmia. As línguas hurríticas constituem a base mais verdadeira e possível, da qual todas as línguas indianas surgiram (basta analisar os documentos do reino de Mitanni para compreender que o sânscrito nasceu nessa região). As línguas de raiz sânscrita já se falavam em uma vasta área do Oriente Médio, incluindo Canaã: os horeus da Bíblia (hurritas da história) habitavam no Negev, os jebuseus e heveus, duas tribos hurritas, na Judéia e Galiléia. Os norte-israelitas foram inicialmente estabelecidos pelos assírios em "Hala, Havur, Gozán e nas cidades dos medos (Pérsia)" (II Reis,17:6) - esta é exatamente a terra dos hurritas. Depois da queda de Nínive sob a Babilônia, a maioria dos hurritas e parte dos norte-israelitas em exílio emigraram para leste e fundaram o reino de Khwarezm (Jorazmia), desde o qual sucessivamente colonizaram o vale do Indo e o alto vale do Ganges. É interessante notar que algumas palavras da língua romaní pertencem ao hebreu ou arameu antigos, palavras que não poderiam ter sido adquiridas num período mais tardio em sua passagem através do Oriente Médio em direção à Europa oriental, senão somente numa época muito anterior da história, antes de sua chegada à India. 
Este pesquisador fundamenta suas teorias(alem da linguagem) nos usos e costumes dos ciganos(Rons),que mais se parecem aos costumes hebraicos do que aos dos indianos. A saber...
1)      As crenças religiosas=Monoteísmo( deus único).Estas crenças estão mescladas com certas características do Zoroastrismo, o culto ao fogo,porque este culto da Pérsia foi,com certeza,adquirido pelos ciganos  quando lá estiveram por muitos séculos.
2)      Um mundo espiritual,onde há espíritos puros e impuros.
3)      Luta permanente entre o Bem e o Mal.(Devel-Beng)
4)      A morte como uma passagem ao reino espiritual,onde o espírito do morto é impuro
em sua viagem.Também são impuros seus parentes e seus bens materiais , durante o período do  luto.
5)      A noção de marimê o que é impuro,ou que está sujeito às impurezas e o vuzhô(puro).Na crença hebraica existe o “kosher”,com o significado contrário ao impuro,ou seja ritualmente puro.
6)    Semelhanças  no  Ritual do casamento  e a prova da virgindade.
7)      A Kris Romani e  as regras da Torah.
8)      A musicalidade dos ciganos e judeus.Assim como os rons os judeus têm grande talento para a música.                                                                                                  Os ciganos preferem a música do Oriente Médio à da Índia.As mulheres ciganas tem um tom mais grave de voz,enquanto as indianas têm a voz  mais aguda,mais alta.(As vezes cantam como meninas em sua infância...) 
9)A habilidade para o comércio. (E, eu diria que também (10)para a ourivesaria. O trabalho artesanal dos metais como ouro,prata e cobre,eram já conhecidos na Mesopotâmia e Egito ,e exercido pelos egípcios e povos semitas ha mais de 3000 anos atrás.) 


Uma das fontes desta teoria é o site abaixo onde encontramos a citação de  vários autores: http://www.imninalu.net/Carmen.htm





Como toda teoria esta poderá ou não ser comprovada ao longo do tempo,por pesquisas e estudos de antropologia,arqueologia e linguística.Vamos aguardar que a Ciência dê o seu aval de certeza através de seus estudos.Enquanto isso,cabe-nos aceitá-la sem preconceitos ,dando-lhe um lugar em nosso coração,assim como fizemos com a teoria das origens indianas,pois apenas o tempo e as pesquisas poderão confirmá-la.
Não encontrei na Web outros sites onde apareçam variadas outras fontes para pesquisa sobre as origens israelitas do povo cigano,principalmente sobre a teoria de serem os ciganos remanescentes de uma das dez tribos perdidas de Israel. Existe,sim na Internet uma repetição invariável das mesmas fontes,das mesmas citações que afirmam  a origem indiana.                                               Para mim,esta teoria das origens semíticas dos rons,pareceu-me ser bastante coerente com o fato de haver uma  origem semítica na língua romani,com algumas  palavras  originadas do arameu e hebraico antigose também pelos vários costumes semelhantes aos costumes israelitas. 



Para finalizar,por enquanto este assunto tão interessante(com certeza retornaremos a ele!),recordemos os versos de um poema de Zurca Sbano:


A ROMÁ.




Üm dia lá no Oriente
de  onde tudo começa,
partiu meu povo contente
caminhando sem ter pressa.


Quando partiu?...Ninguém sabe.
Por que partiu?...Ninguém diz.
Partiu...quando deu vontade.
Por que partiu?...Porque quis.




Então,aqui aparecemos
sem nunca saber quem fomos.
Nosso passado esquecemos,
Só interessa o que somos.(...)




TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO DE CRISTINA COSTA PEREIRA" OS CIGANOS AINDA ESTÃO NA ESTRADA"-Editora Rocco/2009.-pgs. 126-127.


Outra Fonte:Site http://www.imninalu.net/ 


Uma curiosidade : IM NIN'ALU (o nome do site e o nome de uma canção judaica também) É O NOME DE UM POEMA HEBRAICO:Se as Portas Cerrarem (Im nin’alu)

"Se as portas dos generosos se cerrarem,
as portas das Alturas nunca se trancam.
O Criador reina supremo sobre querubins.
No seu espírito, todos serão elevados."

Im nin’alu é um dos muitos poemas religiosos judaicos (piyyutim) escritos no século XVII por Shalom Shabazi (1619-1689),   um tecelão poeta, natural do Yémen.








quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

TRAJES FEMININOS TÍPICOS DA ARMÊNIA...

Os armênios têm uma grande variedade de trajes tradicionais. Cada região da Armênia histórica tinha seus trajes e roupas típicas. Muitas vezes, era possível identificar a origem local ou social de uma pessoa pelo traje usado. 
Atualmente, o estilo ocidental prevalece na Armênia. É evidente que em certas regiões do interior, tais como Zanguezur ou Artsakh (Nagorno-Karabagh), é possível encontrar ainda os mais velhos usarem vestimenta tradicional. É possível conhecer os trajes tradicionais típicos, ao visitar os museus ou apresentados de concertos folclóricos.

SIUNIK & Artsakh 1SIUNIK & Artsakh 2


Yerevan - detalhe da frenteYerevan traje

close-up Arpon Vaspourakan & VanVaspourakan & Van traje

Sebastia regiãoSebastia região

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PAISAGENS DA ARMÊNIA


O maior site de viagens do mundo
Fotos de Armênia
Monastère de Khor Virap

Fotos de Armênia
Lac Sevan

Fotos de Armênia
Cascade d'Erevan

Fotos de Armênia
Mont Ararat

Fotos de Armênia
-Montagne d'Arménie

Fotos de Armênia
Ughtasar




Essas fotos de Armênia é cortesia do TripAdvisor








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SABOROSA RECEITA ARMÊNIA...BÖREC DE QUEIJOS

burec festa Börek ou Bureka

burec2 festa Börek ou Bureka

Trata-se  de um pastel de massa folhada com recheio geralmente de queijo, carne picada, batata ou outros vegetais, porém existem variações de ingredientes de acordo com a região do Oriente Médio. Sua origem vem da cozinha turca. Na Armênia são recheados principalmente com queijo temperado, que é o caso desta receita.



Aqui está a receita da massa e do recheio porém, com as facilidades de hoje, fica muito mais fácil comprar a massa pronta folheada (também chamada de Aerosa).

Ingredientes da massa

  • 1 kg de farinha de trigo
  • 2 colheres de sopa de óleo
  • 1 ovo
  • sal a gosto
  • 70g de fermento de pão dissolvido em água quente.
  • gordura vegetal para pincelar na massa

Modo de fazer a massa

Misturar tudo, amassar bem a massa, dividir em 2 partes iguais de massa e deixar descansar por 30 minutos. Depois deste tempo de espera abrir a massa e pincelar com gordura vegetal derretida. Dobrar as 4 pontas como mostra a imagem abaixo. Ela ficará do tamanho do retângulo menor. Esticar a massa e repetir esta ação umas 4 vezes.


modo de folhear Börek ou Bureka
Ingredientes do recheio
  • 1/2 kg de queijo fresco
  • 1 ovo
  • 150 gr de mussarela picada
  • pimenta, sal e salsa picada
    Amassar bastante.

Modo de fazer

Untar a assadeira com óleo, colocar a massa já folheada, colocar o recheio, e colocar a outra massa que também deve passar pela ação de folhear. Cortar em quadrados, e deixar descansar por 1 hora.  Pincelar com gema de ovo e colocar para assar em forno pré aquecido.
Observação Importante: Se você for usar massa pronta, depois que o Börek estiver montado e cortado deixar na geladeira por 30 minutos antes de pincelar com gema e colocar no forno. Isso irá ajudar a folhear melhor.



Fonte:http://flavorcollection.com.br/tag/armenia/

ARMÊNIA ATUAL...

Ficheiro:Armenia 2002 CIA map.jpg

Bandeira de Arménia


Brasão de Arménia

Armênia (em armênio: Հայաստան, transl.: Hayastan, ou Հայք,Hayq), denominada oficialmente de República da Arménia, é um país sem costa marítima localizado numa região montanhosa na Eurásia, entre o mar Negro e o mar Cáspio, no sul do Cáucaso.
Faz fronteira com a Turquia a oeste, Geórgia ao norte,Azerbaijão a leste, e com o Irã e com o enclave de Nakhchivan(pertencente ao Azerbaijão) ao sul. Apesar de geograficamente estar inteiramente localizada na Ásia, a Arménia possui extensas relações sociopolíticas e culturais com a Europa.
Foi a menor das repúblicas da extinta União Soviética. A Arménia configura-se num estado unitário, multipartidário,democrático, com uma antiga herança histórica e cultural. Historicamente foi a primeira nação a adotar o cristianismo como religião de Estado em 301. A Arménia é constitucionalmente um estado secular, tendo a fé cristã uma grande identificação com o povo. O país é uma democracia emergente e por causa de sua posição estratégica, tenta conciliar alianças com a Rússia e com o Oriente Médio.
Entre 1915 e 1923 sofreu o que os historiadores consideram o primeiro genocídio do século XX, perpetrado pelo Império Otomano e negado até hoje pela República da Turquia. As mortes são estimadas em 1,5 milhão de arménios e adeportação de milhões de outros, fazendo com que a Arménia tenha uma diáspora gigantesca pelo mundo, de descendentes que fugindo das perseguições, tomaram o rumo de países como FrançaEUAArgentinaBrasilLíbano e muitos outros.
A Arménia é atualmente membro de mais de 40 diferentes organizações internacionais, incluindo a ONU, o Conselho da EuropaBanco Asiático de DesenvolvimentoCEI,Organização Mundial do Comércio e a Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro. É observadora da Francofonia, e do Movimento Não-Alinhado. A Arménia também atua em organizações internacionais de desportos, como a FIFA, a UEFA, a Federação Internacional de Hóquei no Gelo.

O NOME
O nome nativo para o país é Hayk. Na Idade Média foi aumentado para Hayastan, pela adição do sufixo -stan que significa terra. O nome é tradicionalmente derivado de Hayk (Հայկ), o lendário patriarca dos arménios e trineto de Noé, que segundoMoisés de Khoren foi quem defendeu seu povo do rei babilônio Bel e estabeleceu seu povo na região das montanhas do Ararat.Porém, a mais remota origem do nome é incerta.


fONTE:WIKIPÉDIA

domingo, 8 de janeiro de 2012

ARMÊNIA -BERÇO DA CIVILIZAÇÃO...REINO DE MITANI...BERÇO DO SÂNSCRITO ...


Depois de falarmos da Índia durante quatro meses pelo seu  importante papel na história do Povo Rom,resolvi agora focar nossa atenção na Armênia,antigo Reino de Mitani e considerada o berço da civilização indo-européia. As novas pesquisas apontam para esta região como a origem das línguas indo-Arianas.  






Mosteiro de Khor Virap à sombra do Monte Ararat, onde aArca de Noé supostamente encalhou após o Dilúvio.




Mesopotâmia

História antiga da Armênia.



Pré História
Os arqueólogos estudaram a Cultura de Shulaveri-Shomu da região  central do Cáucaso incluindo a  Arménia moderna, como a cultura pré-histórica  mais antiga,  o método de datação pelo carbono situa esta região  em aproximadamente de 6000 - 4000 A.C. Entretanto, um túmulo recentemente descoberto foi datado a 9000 A.C.  Os armenios são uma raça indo-européia. A arca de Noé aterrou no monte Ararat, território originalmente armênio. O nome armeniano original para o país era Hayastan, , traduzido como a terra de Haik, e  consistindo em Haik (descendente de Noé) e no sufixo persa ' - stan ' (terra). De acordo com a lenda, Haik era um descendente (filho de Togarmah, que era  filho de Gomer, que era  filho do filho de Noé, Yafet), e de acordo com a tradição cristã, um ascendente de todos os armenianos. O nome de Hayastan foi dado a Armênia conhecida pelos estados circunvizinhos, porque era o nome da tribo  mais forte que viveu nas terras dos armenianos históricos, que se chamaram Armens. Nome  derivado  de Armenak ou Aram (descendente de Haik).Alguns estudiosos consideram a Armênia o berço da civilização: diz a tradição, ali seria o local do Jardim do Éden. A Bíblia localiza esse paraíso terreno entre os rios Eufrates e Tigres, que, à época, faziam parte do território armênio.
Segundo o Gênesis, o dilúvio bíblico teria ocorrido nessa região e, reza a lenda contada pelo arcebispo Datev Karibian, da Igreja Apostólica da Armênia do Brasil, que a Arca de Noé teria encalhado no monte Ararat quando as águas baixaram.
Assim, apesar de hoje ficar dentro das fronteiras turcas, o monte Ararat é um símbolo nacional. Ponto alto, com 5.137 m, é visível de vários pontos, inclusive da capital, Ierevan. Retratado por fotógrafos, pintores, escritores e poetas, o marco geográfico é também conhecido como "Massis", que significa "A Mãe do Mundo".


A antiga ARMÊNIA  situava-se no sudoeste da Mesopotâmia,e era um poderoso reino que dominou toda a região,o reino de Mitanni,cujos habitantes eram os hurritas . Eles falavam uma  língua que foi a origem do Sânscrito e das línguas indo- européias.
O reino de Mitanni manteve relações diplomáticas com o Egito  durante longos  anos e até descobriu-se que várias princesas mitanianas foram enviadas ao Egito para fazerem parte da corte real e  casarem  com nobres egípcios ,como a formosa Nefertiti casada com Amenófis IV. Sabemos que Thutmosis IV, provavelmente, casou-se com Mutemwiya, mãe de seu herdeiro Amenhotep III. Alguns estudiosos acham que essa esposa pode ter sido filha do rei Artatama de Mitani .
Sabemos,também de Kyia,e existem várias hipoteses sobre quem seria e de onde viria Kiya.
A hipótese mais provável era que ela era de Mittani, reino da Mesopotâmia   aliado do Egito. Era uma princesa e foi enviada para o país para se casar com Amenhotep III, que já era casado com a tia da jovem, Gilukhepa. Seu nome era na verdade Tadukhepa, mas acabou sendo chamada de Kiya (que apesar de não ser um nome egípcio, tem um significado egípcio de "jovial"). 

Segundo penso, os ciganos podem ter se originado destas terras montanhosas situadas entre os rios Tigre e Eufrates,na  Mesopotâmia,daí as raízes sânscritas do romani e algumas palavras provenientes do aramaico antigo,idioma também falado nessas regiões e,esta origem poderia também explicar ,sua ligação com o Egito(gypsies).
Quero deixar claro,que tudo são hipóteses e teorias,que poderão ser provadas ou não no futuro por  pesquisas antropológicas , arqueológicas e linguísticas.


Outra teoria,segundo  Sandor Avhrahan(site Imninalu) é de que os rons seriam descendentes de uma das tribos perdidas de Judá,portanto seriam  israelitas...Deste assunto iremos tratar mais adiante! 






A BELA QUE VEIO DE LONGE...SIGNIFICADO                                                         DO NOME NEFERTITI... 


OS HURRITAS DE MITANNI


Os hurritas eram um povo da Mesopotâmia, vivendo no extremo norte da região, entre os Montes Urais e o lago Vam .
Consta que em sua origem eram um povo  indo-ariano , procedente do Cáucaso Ocidental. Teriam migrado para o ocidente juntamente com os cassitas e se estabeleceram no Mitani, formando na região um poderoso Estado  denominado reino do Mitanni. Por isso, os hurritas foram denominados mitanitas pelos historiadores, justamente por terem elevado a região ao destaque político mundial da época.





Extraído de==Wikipédia e vários sites de pesquisa histórica da Internet.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O Sânscrito pode ser originário da bacia dos rios Tigre e Eufrates...




Hurritas-Ancestrais da Índia 
                                                                                                                                                                                  A evidência mais antiga da existência de uma língua indiana não se encontra na India mas na bacia do Eufrates e do Tigre, desde o século XVI A.C.
Ali estava o império de Mitanni, que se extendia desde a costa do Mediterrâneo até os montes Zagros, em conflito com os hititas no oeste e com os egípcios no sudoeste pelo controle do rio Eufrates. O idioma de Mitanni era hurrita; há uma clara evidência do vocabulário sânscrito nos documentos de Mitanni.
Os quatros deuses mencionados nos textos hurritas do Mitanni são os mesmos que encontramos no Rigveda (RV. 10.125.1). P. Thieme demonstrou que os deuses dos tratados de Mitanni são especificamente védicos. Varuna e Mitra, Indra e Nasatyau, com estes nomes se encontram somente nos escritos védicos. Porém, estão nos documentos hurríticos!
No tratado entre os hititas e Mitanni, os reis de Mitanni juraram por: Mi-it-ra (índico Mitra), Aru-na (Varuna), In-da-ra (Indra) e Na-as-at-tiya (Nasatya ou As'wins). Num texto hitita relativo ao adestramento de cavalos e ao uso dos carros de guerra escrito por Kikkuli (um hurrita) se usam os números indianos para indicar as voltas de um carro num percurso: aika (índiano- eka ,'um'), tera (tri 'três'), panza (panca- 'cinco'), satta (sapta 'sete') e na (nava ,nove').


Em outro texto hurrita de Nuzi se usam palavras indianas para descrever a cor dos cavalos, por exemplo, babru (índico babhru 'marrom'), parita (palita "cinza") e pinkara (pingala 'rosa pink'). O guerreiro a cavalo de Mitanni era chamado "marya" (indiano-védico marya, 'guerreiro, jovem'). Ademais há uma série de nomes dos nobres e aristocratas de Mitanni que são claramente indianos.

É já geralmente aceito pela grande maioria dos "experts" na materia que os vestígios linguísticos arianos no Oriente Médio são especificamente indianos e não iranianos, e que não pertencem a um terceiro grupo nem tampouco se devem atribuir a um hipotético proto-ariano. 

Esta conclusão foi incorporada na obra de M. Mayrhofer, em sua bibliografia sobre o argumento, Die Indo-Arier im Alten Vorderasien (Wiesbaden, 1966), e é a interpretação comumente aceita. Esta se baseia no fato de que quando existem divergências entre o iraniano e o indiano e quando tais elementos aparecem em documentos do Oriente Médio, estes últimos sempre concordam com o indiano.

A divisão do proto-ariano em seus dois ramos, indiano e iraniano, deve necessariamente ter ocorrido antes que tais línguas se tenham estabelecido em seus respectivos territórios e não meramente como consequência de desenvolvimento independente depois que os indianos se estabeleceram na India e os iraniano
s no Irã.


Sarasvati é em primeiro lugar o nome proto-indiano de um rio no Iran, que depois da migração foi transferido ao rio da India. O nome iraniano, Haraxvaiti, é uma palavra tomada de empréstimo do proto-indiano, com a substituição de h- por s-, o que ocorre também em Hind/Sindhu. Outro caso similar é o nome do rio Sarayu, que foi transferido do Iran (Haraiva-/Haro-yu) a um rio do noroeste da India, e após a um afluente do Ganges na India oriental.

Os hurritas estavam presentes no Oriente Médio desde tempos remotos, o que se pode determinar em base a termos suméricos com ta/ibira, 'ferreiro em cobre', para o qual há suficientes provas que pertence a uma orígem hurrita (Otten 1984, Wilhelm 1988). Atal-s'en se descreve a si mesmo como o filho de S'atar-mat, de outra maneira desconhecido, cujo nome é também hurrita. A regra de Atal-s'en não pode ser datada com certeza, porém provavelmente pertence ao final do período gúteo (cerca de 2090-2048 A.C.), ou as primeiras décadas do período de Ur III (2047-1940 A.C.).

Documentos do período de Ur III revelam que a área montanhosa ao leste e ao norte do vale do Tigre e do Eufrates eram então habitadas por povos de língua hurrítica, que eventualmente penetraram na região oriental do Tigre ao norte de Diyala. 

Como resultado das guerras de S'ulgi (2029-1982 a.e.c.), um grande número de prisioneiros hurritas se encontravam em Sumer, onde eram empregados em trabalhos forçados. Por este motivo, um grande número de nomes hurritas se encontram na baixa Mesopotâmia no período de Ur III. A etmologia de tais nomes é certamente ou quase seguramente indiana, por exemplo Artatama = védico r.ta-dha-man, 'cuja habitação é r.ta', Tus'ratta (Tuis'eratta) = védico tves.a-ratha, 'cujo carro surge com ímpeto', Sattiwaza = antigo indiano sa_ti-va_ja. 'que toma un botim', védico va-ja-sa-ti, 'aquisição de un botim' (Mayrhofer 1974: 23-25).

O idioma hurrita se usava no século XIV a.c. ao menos até a Síria central (Qatna, e provavelmente Qadesh), e sua expansão provavelmente foi o resultado dos movimentos demográficos durante a hegemonia de Mitanni. Entre os deuses que era
m ainda adorados no fim do século XIV pelos reis de Mitanni encontramos Mitra, Varuna, Indra e os gêmeos Nasatya, que conhecemos através dos vedas, os poemas indianos mais antigos.        





EXTRAÍDO DE  http://povosdaantiguidade.blogspot.com/